...hoje lembrei-me disto.
Uma memória gravada numa aula de Literatura, há 10 anos.
"Por fim saímos da água e os deuses olharam-nos, humilhados na sua inutilidade. Uma nova raça divina erguia-se em nós. Poderosos, imensos. Trazíamos uma mensagem dos confins das eras, a Terra esperava-nos. Trazíamos a notícia de um corpo incorruptível e perfeito.
- Jura-me que nunca hás-de envelhecer - disse-te.
- Juro.
- E que nunca hás-de morrer.
- Sim.
- E que a beleza estará sempre contigo. E a glória. E a paz.
- Juro.
Então baixei-me ao rio e trouxe água nas mãos em concha. E derramei-ta na cabeça imensamente. E disse, e disse
- Eu te baptizo em nome da Terra, dos astros e da perfeição.
E tu disseste João sacrílego. E eu disse agora podemo-nos vestir."
Vergílio Ferreira, Em Nome da Terra
Leio pouco em português. Devia ler mais. E escrever (ainda me lembro como isso se faz?)
Tenho de gravar mais memórias destas :)