Electricidade Estática
Uma das muitas pequenas coisas que me chateiam.
Quarta-feira, 27 de Setembro de 2006
Vou ter de chamar uma daquelas empresas de limpezas para vir cá pôr a casa em ordem. Com dias de 18 horas a trabalhar e 6 a dormir (na melhor das hipóteses), não há quem aguente nem com um pano do pó!
Essas empresas são muito convenientes, usam produtos e materiais profissionais, despacham-se num instante e o preço não é escandaloso. Mas... não deixam de ser duas pessoas completamente desconhecidas que vão ficar cá sozinhas durante umas horas.
O que é que eu me devo preocupar em esconder/levar comigo?
Terça-feira, 26 de Setembro de 2006
Desde que entrei em contagem decrescente para sair daqui que os dias (ou melhor, as manhãs) custam mais a passar. Muito mais.
O mau ambiente parece pior, o trabalho parece mais difícil, a cabeça dói mais, o sono é cada vez mais debilitante e os minutos demoram horas a passar. Quem nunca gostou de mim, aqui, agora gosta ainda menos (ou demonstra mais).
É triste entrar na recta final com tanta desmotivação e simplesmente rezar para que o tempo passe, em vez de tentar sair em beleza e deixar algum trabalho bem feito. Infelizmente há casos em que simplesmente não vale a pena…
Segunda-feira, 25 de Setembro de 2006
Como é que se trabalha mais de 14 horas por dia, todos os dias, durante 4 semanas sem folgas nem fins-de-semana, sem que se percam anos de vida? Já nem o Gatorade me vale.
Ainda por cima em dias de Outono cada vez mais deprimentes. Levem-me ao colo até à próxima sexta-feira...
Terça-feira, 19 de Setembro de 2006
O simples acto de redigir, assinar, dobrar e entregar uma carta de demissão dá uma sensação extraordinariamente libertadora.
Mesmo apesar de já estar com trabalho até aos olhos no emprego novo.
Liberdade, é isso, liberdade! :)
O trabalho é tanto que ainda não tive tempo para escrever a carta de demissão.
Quarta-feira, 13 de Setembro de 2006
...e eu a beber Gatorade a ver se me aguento em pé e produzo alguma coisa.
Depois do almoço devo ter de o receber directamente na veia.
Domingo, 10 de Setembro de 2006
Para alguém que passou oito anos enclausurada, a rapariga tem um discurso extraordinariamente articulado, um vocabulário bastante rico (até mesmo científico) e uma capacidade de expressão que eu diria até que está acima da média para uma adolescente daquela idade (e que tenha tido uma vida normal).
Não acredito que ela tenha aprendido aquilo tudo antes de ser raptada, era uma criancinha, portanto... serei só eu a achar que há qualquer coisa estranha nesta história?
Quarta-feira, 6 de Setembro de 2006
Muito.
Sexta-feira, 1 de Setembro de 2006
Alguém me diga, por favor, se no post aqui de baixo só aparece a imagem ou se conseguem também ler o título e o texto. (Paciência, santa paciência!)
Há dois anos e nove dias, dois homens encapuçados entraram num museu de Oslo, em plena luz do dia, e roubaram dois dos mais famosos quadros de Edvard Munch.
Hoje, as duas obras foram recuperadas.
Portanto, ainda posso (eventualmente, se algum dia for a Oslo) ver de perto aquela que considero ser a pintura mais intensa e perturbadora do mundo. Se calhar é o meu lado psi que me faz ter esta opinião. Ou se calhar não é.
"O Grito"