Electricidade Estática
Uma das muitas pequenas coisas que me chateiam.
Quarta-feira, 26 de Julho de 2006
A primeira coisa que vou avaliar num potencial empregado é a capacidade de empatia.
Muito mais importante do que os vários items num CV é o saber estar, saber falar, saber interagir e, acima de tudo, ver essas qualidades fluírem de dentro, sem esforço nem hipocrisia, e seja com quem for. Não quero ninguém a trabalhar com chefes e sub-alternos. Quero quem saiba trabalhar com pessoas.
Depois, e na conversa inicial, vou fazer o possível para que surja a necessidade de usar verbos no conjuntivo. Ao primeiro "póssamos" ou "fáçamos", passo à entrevista seguinte. Também gostava de fazer um breve ditado, se bem que isso talvez fosse demasiado insólito. Mas era só pedir para escreverem "Há dois anos que não vou à praia."
Ultrapassada esta avaliação preliminar, então sim, as habilitações e a experiência. E um doutoramento não chega, se não souber navegar na internet de olhos fechados, trabalhar com o Office e falar e escrever inglês. E nem sou uma pessoa exigente.
Sábado, 22 de Julho de 2006
1 - Ter de ir ao hipermercado ao fim-de-semana é das piores coisinhas que me podem acontecer. Deviam estar fechados e pronto.
2 - A grande maioria das pessoas devia ser proibida de usar sandálias e/ou chinelos em público.
Quarta-feira, 19 de Julho de 2006
Tenho colegas que trabalham com «númaros» e vão a «runiões», «assentam-se» e dizem coisas como «hádes-me dar esses dados.»
Ganham mais do que eu.
Segunda-feira, 17 de Julho de 2006
Acordar com um grito "JÁ SÃO 8 E MEIA!!!" e constatar que o despertador não tocou uma hora antes, como devia.
Queimar as torradas.
Trabalhar com suor a escorrer pelas costas abaixo, com a única ventoínha de serviço voltada para quem não precisa dela.
Bom dia.
Sexta-feira, 14 de Julho de 2006
Se uma pessoa for extremamente competente naquilo que faz, apesar de ser arrogante, antipática, convencida, causadora de mau ambiente e uma presença em geral desagradável… merece o emprego que tem?
P.S. - O que eu quero mesmo saber é se, para a entidade empregadora, a extrema competência pode ser argumento suficiente para infligir sobre todos os outros funcionários a presença de tal criatura no espaço de trabalho.
Segunda-feira, 10 de Julho de 2006
Como é que devem ser tratadas as gajas (sim, é mesmo gajas) que no trabalho acham que mandam, falam como quem tem estrume debaixo do nariz e acham que as leis da física e do universo não se aplicam a mim quando me passam tarefas impossíveis? (Que é para não dizer que me "mandam" fazer coisas quando são tão chefes como eu.)
Quero o meu próprio negócio. Procuram-se investidores, eu dou a competência e o bom ambiente!